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Itapira, 24 de Abril de 2024 -
23/10/2014
Defesa de Youssef diz que ele ficará calado e pede dispensa de depoimento à CPMI

O doleiro Alberto Youssef não vai falar sobre o esquema de corrupção do qual é acusado de ser o operador à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Os advogados encaminharam petição ao presidente da CPMI solicitando que ele seja dispensado de ir a Brasília para o depoimento, uma vez que usará a prerrogativa de ficar calado e os custos ao Erário seriam altos.

Youssef está preso desde que foi deflagrada a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e é acusado de lavagem de dinheiro e, entre outras coisas, de receber propina de empreiteiras que têm contratos com a Petrobras e repassar a partidos políticos. ?Alberto Youssef pretende se reservar no direito ao silêncio durante a referida sessão?, diz o documento.

Os advogados alegam ainda que, na condição de colaborador da Justiça, Youssef tem direito a ter nome e imagem preservados e não ser fotografado ou filmado. ?Direitos esses que poderiam ser vilipendiados durante uma sessão levada a efeito no bojo da presente CPMI, a exemplo do que ocorreu com o sr. Paulo Roberto Costa?.

A defesa ressalta ainda que Youssef não pretende falar aos parlamentares nem mesmo se lhe for ofertada a possibilidade de uma sessão fechada, sem a presença de jornalistas. E, por fim, apela para o ?princípio da eficiência da administração pública? no sentido de que a CPMI evite os gastos ?inócuos? de transportar o depoente em avião da Polícia Federal para um depoimento que não ocorrerá.

O requerimento de convocação de Youssef já havia sido aprovado pelos membros da CPMI, mas só ontem (22) o presidente Vital do Rêgo (PMDB-PB) marcou o depoimento para a próxima quarta-feira (29). Rêgo ainda não se manifestou sobre o pedido de dispensa do depoente, mas deve consultar o relator, Marco Maia (PT-RS), e outros membros da CPMI antes de decidir se acata ou não a solicitação.

Se os parlamentares decidirem pela ida de Youssef a Brasília, de qualquer forma ele terá que ser transportado e escoltado pela PF até a chegada ao Congresso, quando ficará sob a guarda da Polícia Legislativa. Após a sessão da CPMI, ele retornará, de avião, para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso.

Editor Aécio Amado

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-10/defesa-de-youssef-diz-que-ele-ficara-calado-e-pede-dispensa-de-depoimento

Fonte: Agência Brasil

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