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Itapira, 21 de Dezembro de 2024 -
19/09/2022
Luiz Santos: O imperativo da Integridade do Coração

A integridade é de todos os atributos morais o que Deus mais exige e mais ama no homem. O Senhor não aceita coisa alguma pela metade, improvisada, feito de qualquer maneira, sem esmero e claro, sem o inegociável propósito de ser glorificado. Não há bênção naquilo quando feito, Deus não possa ser glorificado pela agência humana. Há, por certo, muitas dimensões dessa integridade bíblica exigida e amada pelo Senhor. A primeira delas diz respeito ao zelo para com Deus na totalidade da vida. Zelo para com Deus tem a ver com excelência. Para o Altíssimo não podemos oferecer de nossa parte nada menos que o ‘mais e o melhor’, por isso mesmo, ele reclama excelência em tudo o que nos aplicamos a fazer: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Cl 3.23) e não há nada, por mais comezinho que seja da nossa existência que não possua essa mesma condição: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). Toda a nossa existência se resume nessa sentença bíblica: “a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória” (Ef 1.12). Integridade também está relacionada com a obra do Senhor. O que ele nos ordena fazer, a missão com a qual nos incumbiu nesse mundo de espalhar a sua palavra e a sua glória. Não podemos agradar a Deus e servir-lhe com proveito, se não o fizermos reunindo toda a nossa força e capacidade, dadas por ele mesmo, em uma boa e sincera disposição mental. As Escrituras  alertam: "Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor!” (Jr 48.10), porque o Senhor mesmo providenciou um meio: “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.17). A aptidão foi dada a nós, ser aplicados e disciplinados será a nossa resposta à graça oferecida. Deus igualmente ama o homem íntegro em seus negócios e no seu proceder: "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem confiará as verdadeiras riquezas a vocês?” (Lc 16.10-11) “e Usem balanças honestas, arroba honesta e pote honesto” (Ez 45.10) e ainda, “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno" (Mt 5.37). Deus abomina desonestidades, fraudes, falsidades, inclusive na sexualidade: “Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês: que se abstenham da imoralidade sexual; que cada um de vocês saiba controlar o seu próprio corpo em santificação e honra, não com desejos imorais, como os gentios que não conhecem a Deus. E que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude o seu irmão” (1 Tes 4.3-6). Qual o fruto da integridade? Ouçamos mais uma vez o Espírito Santo: “O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos!” (Pv 20.7) e “Por causa da minha integridade me susténs e me pões na tua presença para sempre” (Sl 41.12) e mais: “A integridade dos justos os guia, mas a falsidade dos infiéis os destrói” (Pv 11.3). O homem íntegro goza dos favores de Deus e do seu auxílio em dias de prova e aflições, é sustentado em suas lutas e levado ao senso de estar seguro na presença de Deus. O homem que ama a integridade e a vive, abençoa a sua geração e deixa um legado de felicidade para os seus filhos, que pode ser traduzida por honra e uma vida sem inimigos. A integridade serve de bússola moral que o leva a desviar da impiedade e das tortuosas veredas da vida, cujo fim é o vício, a alienação e a destruição. Ter a consciência tranquila e pacificada por viver com integridade é dos bens, o mais valioso nessa vida: “Melhor é o pobre que vive com integridade do que o tolo que fala perversamente” (Pv 19.1); “Melhor é o pobre íntegro em sua conduta do que o rico perverso em seus caminhos” (Pv 28.6). Por fim, uma palavra aos pastores, professores de Bíblia, Escola Dominical e mesmo os que lecionam Teologia em seminários e faculdades, nessa área da vida da igreja, a postura, as palavras e o modo de transmitir conhecimento, o Senhor também aqui nos orienta a todos: “Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia, contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se opõem a você fiquem envergonhados por não poderem falar mal de nós” (Tito 2.7-8).

Reverendo Luiz Fernando é Professor de Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul e Pastor Presbiteriano.



Fonte: Luiz Santos

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